quinta-feira, 28 de junho de 2012

BANDA ABRA@KBÇA


Semana Literária CCABR.
Com: Banda abra@kbeça, encenação de obras vestibular UFPR, encenação de contos em inglês, arte, cultura e informação para vc! Desde 2008!!!
Na semana literária  do CCABR, os alunos apresentaram peças das obras cobradas pela UFPR, no vestibular.(Anjo Negro, Romanceiro da Inconfidência, Lucíola, São Bernardo, entre outros.)






sábado, 23 de junho de 2012

RECITAL, CONCERTO e POCKET SHOW

Vale ressaltar antes de citar a importância de Recitais e Concertos Musicais, as diferenças entre os dois conceitos. O músico pensa, estuda e vive em função de um concerto ou recital.
E, de acordo com Bohumil Méd, "Recital" é um concerto executado por um só artista, às vezes acompanhado por piano. Esse artista geralmente é um cantor ou uma cantora.
Audição de música vocal ou instrumental dada geralmente por um solista: recital de canto, de piano.
Audição de alunos de um professor de canto ou música.
Qualquer audição artística.

O termo "Concerto" nasceu e cresceu com a música erudita, sendo usado muito mais no universo erudito do que no popular. Num concerto há um grande diálogo entre os instrumentos.
O concerto e o recital permitem um convívio especial entre os músicos, entre o público, e entre o público e a orquestra. Num concerto ou num recital, os músicos têm a oportunidade de mostrar seu trabalho musical proporcionando benefícios tanto para eles mesmos quanto ao público presente, tais como: alegria, relaxamento, crescimento no conhecimento e aprendizado musical (instrumentos e compositores), desenvolvendo e aguçando a percepção auditiva, o gosto pela música assim como o senso crítico.

Um concerto é uma composição musical caracterizada por ter um ou mais de um instrumento solista com acompanhamento de um grupo maior, sobre o qual o solista se destaca. Juntamente com a ópera, o concerto foi praticamente o único estilo clássico que sobreviveu à conturbada história da música erudita.
A denominação "concerto" pode significar também qualquer espetáculo musical.

"Pocket Show" -
É geralmente a expressão usada para shows de curta duração.
 
 
 
 
 
http://www.culturatimbo.com.br

segunda-feira, 18 de junho de 2012

PROCESSO TERAPÊUTICO = ARTE

A arte como um processo terapêutico

A arte tem sido historicamente um meio de expressão e criação. Desde a antiguidade o homem internalizava sua subjetividade, materializando-a na arte, utilizando seus pensamentos, sentimentos, desejos, sua criatividade e imaginação, transformando-os numa manifestação de sua singularidade.
Muitos dos leitores já ouviram falar em Arteterapia, que nada mais é que um tipo de psicoterapia que faz uso da expressão artística como instrumento terapêutico no processo de cura; pode ser ela por meio do cantar, dançar, desenhar, pintar, esculpir, recitar, representar e escrever. Os diversos meios utilizados permitem ao inconsciente expressar-se e revelar aquilo que até então não era consciente, facilitando e enriquecendo o processo terapêutico. Cabe ressaltar que a produção artística é realizada sem nenhuma preocupação diretamente estética, mas sim com o foco em possibilitar a construção da sensibilidade e o criar livremente do paciente de acordo com seu contexto de saúde mental.
Pode-se dizer que a arte, então, permite ao homem demonstrar como vê e como se vê no mundo. Nesse sentido, ela se constituiu com um canal de comunicação para os pacientes, seja no contexto grupal ou individual, possibilitando-lhes a articulação, os relacionamentos e a inteiração com a realidade.


Mediado por um arteterapeuta, o trabalho artístico potencializa as pessoas para a vida e consegue transformá-las em seres mais felizes, otimizando a construção de sua autoestima. Ela tem o poder de mexer intensamente com as emoções de seus participantes, tornando-os mais confiantes.
Atualmente, a arteterapia vem sendo utilizada com crianças, com pessoas da terceira idade, com portadores de doenças crônicas degenerativas como Aids e câncer, com menores carentes, com grupos de mulheres, com adolescentes, nos tratamentos de depressão, ansiedade, em casos dependências químicas e distúrbios alimentares, podendo ser usada tanto como meio profilático, quanto como um processo normal de terapia. Ela possibilita ao ser humano uma descarga emocional, ao mesmo tempo em que propicia momentos de prazer diante da capacidade de fazer arte, bem como otimiza a autoestima e o poder de criar.
Em meio aos lápis coloridos, das tintas e pincéis, da música e da dança, o que realmente importa ao se praticar arteterapia é permitir-se a materializar os sentimentos e sensações deixando a imaginação e a criança que há em você livre .
E então, vamos fazer arte?

(Fonte: | Érica R. Colombo | CRP -12/07670 - Membro Ceres)
http://www.atribunanet.com

ENSINAR = AMAR

Ensinar é  o mesmo que amar, pois quem  ama tem paciência de ensinar. O aprendizado é algo individual, não podemos nivelar todos os aprendizados no mesmo patamar. Sabemos que cada um  tem suas facilidades em determinadas áreas e dificuldades em outras, isso não quer dizer que  na área de maior dificuldade não consigamos aprender....aprenderemos, mas não com tanta facilidade quanto a área que temos maior facilidade. Quer um exemplo? Alguém que é um grande musicista, um íntérprete inigualável, pode ter uma dificuldade com a inteligência espacial, não conseguindo encontrar um endereço desconhecido (ainda bem que existe GPS não é?...), mas isso não quer dizer que jamais conseguirá se localizar, tudo dependerá do seu interesse em aprender onde ficam os pontos cardeais ( se foi escoteiro, já recebeu um estímulo nessa área...).
Ao ensinarmos música para alguém interessado, com vontade, mesmo com suas dificuldades certamente conseguirá, pois isso dependerá de seu interesse em aprender.Poderá não ser um grande intérprete, mas serão momentos de prazer para quem aprende e para quem ensina, pois não há satisfação melhor do que ultrapassar barreiras e alcançar vitórias. Melhor do que isso, é que estará "endorfinando" a sua alma, e isso gera "vida".
Ao aprendermos música devemos repartir esse aprendizado com outras pessoas, porque isso gera "vida", lembre-se disso sempre... se sua profissão é em outra área e a música é um "hobbie", compartilhe, faça trabalhos voluntários, perceba que isso refletirá nas outras áreas de sua vida, sabe por quê? Porque o compartilhar, doar seu tempo em ajudar, gera mais "vida", para quem doa do que para quem recebe. Mas não faça isso só por você...faça isso para "ser a diferença" e entenda que se estamos aqui e recebemos esse dom Divino, devemos compartilhar...
Lembre-se: ENSINAR = AMAR
                   MÚSICA + AMOR = VIDA

domingo, 17 de junho de 2012

ARTE NOS HOSPITAIS

O belo e a cura
 A arte é bela e aprazível. Quando as manifestações artísticas acontecem em hospitais, esses generosos adjetivos têm um significado especial porque humanizam um ambiente, geralmente inóspito, além de promover o bem-estar de pacientes e daqueles que trabalham com doenças. Alguns projetos de arte também têm uma importante função de auxílio terapêutico nos serviços de saúde que, cada vez mais, abrem seus saguões e corredores para exposições e outras atividades. Em São Paulo, essa idéia já rendeu bons espetáculos e alguns projetos passaram a integrar a agenda cultural da cidade. É o caso do Projeto Arte no PAMB (Prédio dos Ambulatórios) que, desde 1997, leva periodicamente uma apresentação musical ou de dança ao primeiro piso do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de São Paulo (HC/FMUSP).



As apresentações ficam lotadas. Médicos, pacientes, enfermeiros, pessoas em consulta, crianças, todos param, que seja por uns instantes, para ver o que está acontecendo. Os pacientes internados são levados até o local onde a platéia é acomodada em bancos e cadeiras que somam mais ou menos cem lugares. Outros debruçam-se nas muretas dos andares superiores para assistir aos eventos. Artistas conhecidos como Jair Rodrigues, o grupo Negritude Júnior e a cantora e apresentadora Inezita Barroso colaboram com o projeto e já fizeram shows no local. Alguns grupos apresentam-se todo ano como o Ballet Stagium - que participa do evento sempre em dezembro -, o Ballet Coppélia, a Emoção Companhia de Dança de Jundiaí e o conjunto musical Esqueleton's, formado por médicos.

Segundo o coordenador do Arte no PAMB, o cardiologista Carlos Regis Bastos Rampazzo, os shows "quase mensais", são transmitidos ao vivo pelo circuito interno de TV do prédio. Os monitores ficam nas salas de espera do HC e, quando não estão transmitindo os espetáculos, veiculam filmes educativos sobre saúde. Os próprios funcionários da administração fazem a montagem de palco, iluminação, cenário e filmagem. "Não conseguiríamos nada sem a colaboração dos funcionários, nosso verdadeiro patrimônio", exalta Rampazzo.

Dá para medir o grau de resolução das doenças pela arte? "É impossível, não dá para saber o quanto a arte ajuda, mas é possível melhorar a qualidade de vida de quem está internado, trabalhando ou que veio para uma consulta. A pessoa chega ao hospital, um ambiente frio, pesado e, de repente, descobre uma atividade artística, pára para ver, canta ou dança, bate palmas; isso alivia a tensão", observa o cardiologista.

Sempre ao meio-dia Na mesma linha, a Associação Paulista de Medicina (APM) desenvolveu, até dezembro de 2002, o Projeto "Música ao Meio-Dia". Em parceria com a Orquestra de Câmara da Universidade do Estado de São Paulo (Unesp) levou a seis hospitais da rede pública da Grande São Paulo arrojados concertos com obras dos mais consagrados compositores da música clássica. A Orquestra se apresentou no Hospital São Paulo, Hospital Geral de Pirajussara, Hospital Estadual de Diadema, Hospital Santa Marcelina Itaim Paulista, Hospital Santa Marcelina Itaquera e Hospital Carmino Carriccho. Além de descontrair o ambiente hospitalar, os concertos eram uma oportunidade de enriquecimento cultural que até hoje é lembrado, com saudade, pela equipe médica e funcionários dos hospitais.

Numa outra vertente, o potencial interativo das artes plásticas é explorado como ferramenta de expressão ou auxiliar terapêutico, que além de distrair o paciente, promove outras sensações frente à doença e à dor. O Projeto Carmim, dirigido pelo artista plástico e educador Eduardo Valarelli, inciado em 1996, desenvolve atividades nesse sentido em vários serviços de saúde da Capital, entre eles o Instituto de Infectologia Emílio Ribas, Hospital da Criança e os institutos da Criança, Psiquiatria e Central do Hospital das Clínicas. A equipe do Carmim faz uma visita semanal, que dura em média três horas, aos pacientes para ministrar aulas de pintura, desenho e história da arte. Os pacientes produzem obras e, depois, são estimulados a refletir sobre o trabalho realizado.

Além do Carmim, o Instituto de Psiquiatria do HC conta também com o Projeto Arte Terapia, iniciado no mesmo ano, que disponibiliza materiais e utilitários para produção artística aos pacientes psiquiátricos internados. A psiquiatra Carmem Santana, que trabalha no Projeto, diz que por meio da arte é possível trabalhar pacientes que não conseguem se comunicar ou aqueles com quadros psicóticos. "O paciente sente-se inserido num contexto social. Na arte trabalha-se com formas variadas de comunicação, expressão e simbolização".

A Liga de Dor da Faculdade de Medicina da USP e o Centro de Dor do HC inseriram a pintura na vida dos pacientes como forma de aliviar a tensão e o sofrimento causados pelas crises dolorosas. Para a paciente Celisa Medeiros Ulhoa, que tratava da dor crônica no local, "a atividade artística faz a pessoa esquecer que está doente e enxergar novas possibilidades". Junto com outros 33 pacientes, Celisa teve a oportunidade de apresentar seus quadros no Expo Arte Dor, que reuniu 125 obras durante o Simpósio de Dor, no início deste ano.

"Acho maravilhoso me apresentar no hospital"
Inezita Barroso, apresenta-se todo ano e é uma entusiasta do Projeto Arte no PAMB. "A música é um milagre de Deus. Quando me apresento no hospital vejo a felicidade no rosto das pessoas, a reação dos pacientes, mesmo daqueles que estão com problemas sérios de saúde. É uma troca de carinho muito importante", comenta a cantora.

"Inezita é uma pessoa muito boa e sempre que a convidamos está disposta a participar, todos adoram sua apresentação", ressalta Regis Rampazzo. "A idéia das apresentações nos hospitais é excelente, todas as vezes que o doutor Regis me chamar estarei lá", retribui a artista.

Os shows de Inezita no Hospital são concorridos, estão sempre lotados e os pacientes, principalmente os de sua geração, fazem coro quando ela canta. "Acho maravilhoso me apresentar no hospital, sempre tem muita gente interessada em ver. É emocionante e compensa muito fazer esse trabalho. A receptividade é cada vez melhor. Nos shows, canto, toco ou dou palestras sobre folclore", conta.

Marcela Bezelga
http://www.cremesp.org.br/

sábado, 16 de junho de 2012

SINDROME DE PALCO


Um programa para reeducar os músicos


Chegou o dia do recital. O músico prepara-se para exibir uma performance impecável. O melhor da sua forma, depois de dias e dias de ensaio, às vezes até poucas horas antes da apresentação. É quando - não raro - se instala a chamada Síndrome de Palco e mãos suadas e trêmulas, pulsação alterada e respiração ofegante podem colocar por terra dedicação e expectativas. Podem abalar até a reputação do artista. Os movimentos estudados e repetidos, em nome da técnica, da estética e da interpretação, simplesmente travam.
Na última semana o médico e violonista, Djalma Marques, esteve em Pelotas. Em palestras, oficinas e consultas, como faz em vários países do mundo, o pernambucano procurou disseminar o ensinamento que não vale apenas para os profissionais das artes: é preciso controlar a tensão muscular diária e executar mesmo tarefas simples, como atender o telefone, dirigir e escrever com menos contração. O resultado? Muitos casos de Lesões por Esforço Repetitivo (LER), ou melhor, de Doenças Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho (Dort) serão evitados.
É hora então de voltar ao palco. Afinal, Djalma Marques é especialista em Medicina da Arte, área a que os brasileiros ainda não se atentaram. Se estiver relaxado - alerta o doutor - o instrumentista obterá justamente os efeitos positivos que busca: sonoridade de melhor qualidade e ganho em velocidade, quando a peça interpretada pede dinamismo. O ideal para barrar a Síndrome de Palco, garante Marques, seria vivenciar o clima do show, antes de estar diante da platéia. Ir até o local do recital, no horário marcado, com a roupa que irá vestir e tocar ao menos parte do repertório, é uma boa estratégia. “Evita o choque, o estranhamento.”
Se a rotina - que muitas vezes inclui outra carreira em paralelo à vida de músico - não permite a simulação, não existe problema algum. Voltar as atenções ao espetáculo, quase na hora de subir ao palco, meio de supetão, pode ser bom. O dia da apresentação não foi mesmo feito a ensaios. “Se a música ainda requer estudo, é sinal de que não está pronta para ser apresentada”, enfatiza o médico-instrumentista. É bom ficar de fora do set-list, em favor do equilíbrio emocional do artista. É todo um processo, que começa bem antes de o recital estar agendado.

Sem prazer, é melhor parar

“Se não é gostoso, pare”, sintetiza Djalma Marques, ao bater um papo descontraído com o Diário Popular, no Conservatório de Música da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), onde ocorreu o curso. “A música é como uma brincadeira, tem que ser um processo lúdico, de desfrute, como a vida.”
Claro que, além de talento, requer dedicação e disciplina. E isso é bom. Não deve, no entanto, se transformar em alimento para culpas e sofrimentos, inclusive físicos, devido às más posturas ou aos excessos em longas sessões de estudo. Para praticar, não é necessário estar com o instrumento em mãos - defende. O músico é um ser mental. Portanto, basta voltar o raciocínio a escalas, movimentos, passagens e interpretações e estará se aprimorando. “O instrumento é uma extensão do nosso corpo, não é uma expressão dissociada.”
A trajetória do especialista

O pernambucano de 56 anos nasceu em Afogados da Ingazeira, interior do Estado. Como médico, primeiro atuou como gastro, até que o Djalma Marques, versão violonista, precisou de tratamento. Foi quando o Marques - médico - parou e atentou-se para falta de conhecimento brasileiro no setor da Medicina da Arte. Partiu então ao doutorado em Barcelona, na Espanha, referência mundial no assunto.
Ao longo de quatro anos acompanhou 40 violonistas, que chegaram a ganhar o apelido de “homens de borracha”, ao colocarem em prática a tese de tensão mínima. O médico-compositor, autor de quatro CDs de violão clássico, tornava-se o criador do Programa de Reeducação Psicomotora para Músicos. O PRPM foi inclusive aplicado com menores de 11 a 15 anos de idade, internos de um presídio na Ucrânia e considerados de alta periculosidade, e já deu resultados: os adolescentes estão mais calmos.
“Não há nada de altas tecnologias no meu trabalho, muito do que coloco em prática, observei no movimento das crianças e dos gatos”, descontrai. “As coisas são simples, o homem é que se isolou da natureza”, ensina o doutor. “É preciso aprender com o universo.”

O caminho é a prevenção

 Em busca da tensão diária mínima, a respiração é essencial. Quanto mais oxigênio, menos oxidação celular.
 1)A alimentação também entra na lista de orientações que o violonista repassa aos instrumentistas mundo afora. O leite, não absorvido pelo organismo, pode levar à formação de artrites e artroses, que travam as articulações. “O homem é o único animal adulto a beber leite e, ainda por cima, de outra espécie”, enfatiza. “O leite que consumimos é incompatível com o organismo humano, pois é produzido para o desenvolvimento de um boi, por isso não há como ser totalmente absorvido.” Livre do consumo de todas as carnes, Djalma Marques diz que busca suprir a proteína e o cálcio (do leite) ao ingerir vegetais, assim como fazem os cavalos - compara. O café também está na lista das bebidas que deveriam sair do cardápio dos músicos, ao menos no dia dos espetáculos. Como excitante, promove estímulos nervosos. “E, na hora da execução, é preciso estar atento, mas relaxado para dar o bote certo.”
 2)Os problemas que mais acometem os músicos são a tendinite, a tenossinovite e a distonia focal (que é uma incoordenação motora involuntária, de tratamento complicado). O alongamento é uma boa ferramenta preventiva, mas não é preciso esperar um momento formal para fazê-lo. Até durante o trabalho - em rápidas paradas - ou na fila do banco, por exemplo, é possível se esticar um pouquinho. No máximo, você receberá olhares desconfiados.
3) O segredo é manter a mente sobre controle. Em geral, as tensões que enrijecem pescoço, ombros e geram dores na coluna têm origem na mente. O contrário também pode ocorrer. Uma pessoa que está com dor de dente, por exemplo, deverá ter alterações de humor. Mas o caminho mais comum são as tensões partirem da mente.
4) Soltar as articulações também faz parte desse conjunto de medidas a serem adotadas no dia-a-dia e não apenas quando um compromisso exige que o profissional esteja relaxado.
- O especialista ainda indica que os instrumentistas fortaleçam a musculatura. Sessões diárias de levantamento de peso, por meia-hora, em casa mesmo, pode dar resultado. “É importante que os membros estejam soltos, mas com que tenham força, para o instrumentista tocar com garra.”

Funcionamento integrado

A fisioterapeuta Cristina Rocha de Barcellos tem se dedicado a estudar a distonia focal, para a qual não há explicações fechadas. No Brasil, não existem sequer dados de incidência e prevalência. “Pela bibliografia, o que se sabe é que em geral a patologia se manifesta quando o instrumentista está no ápice da execução.” Envergonhados e com pouca informação da distonia, a maioria dos músicos confunde os sinais com estresse, cansaço e contratura muscular. Um dedo, a mão ou o membro simplesmente não obedecem o comando que sempre foi dado e respeitado. Movimentos involuntários incoordenados prevalecem e o artista perde o controle.
O cérebro, no entanto, é muito perfeito. Bastará o instrumentista descobrir um novo reposicionamento das mãos - com o menor prejuízo possível à execução - e uma outra via de condução nervosa será adotada. É a plasticidade cerebral, que permitirá que outras zonas íntegras, no entorno da lesão, sejam acionadas. É um processo longo e complicado. É como começar do zero, depois de já ter atingido um patamar respeitável.
“E é um trabalho individual, que dependerá da morfologia de cada um.” Movimentos de soltura, com o balanceio dos braços em todas as amplitudes, ajudarão a evitar problemas mais comuns como as tendinites - lembra a adepta dos ensinamentos de Djalma Marques.
Trazer o violão para mais perto do corpo também é uma boa dica, para o relaxamento dos membros. Trabalhar com o punho reto - num ângulo que não comprima o nervo mediano - pode prevenir a chamada síndrome do túnel do carpo. Em breve, uma nova atividade será realizada no Conservatório de Música para que, em parceria com o violonista Daniel Medeiros, a fisioterapeuta possa trocar experiências, repassar informações e tirar dúvidas de outros instrumentistas. “Me preocupo principalmente com este pessoal que toca em casa, sem orientação”, afirma. Estudar violão está inclusive nos planos de Cristina, para entender com mais facilidade os mecanismos de proteção a serem ensinados aos pacientes. A primeira lição está dada: o corpo deve ser visto como algo integrado. Não são membros e órgãos separados e independentes.

(Fonte:  Michele Ferreira http://srv-net.diariopopular.com.br/10_09_08/vivabemcentral.html)

quinta-feira, 14 de junho de 2012

PEDRO E O LOBO - PROKOFIEV




Pedro e o Lobo é uma história infantil contada através da música. Foi composta por Sergei Prokofiev em 1936, com o objectivo pedagógico de mostrar às crianças as sonoridades dos diversos instrumentos. Cada personagem da história (o Pedro, o lobo, o avô, o passarinho, o pato [ou pata, em algumas versões], o gato e os caçadores) é representada por um instrumento diferente.

 

Em O Pedro e o Lobo é utilizada uma Orquestra Sinfônica completa em que cada personagem é representado por um instrumento ou naipe da orquestra e possui um tema musical ou leitmotiv:

segunda-feira, 11 de junho de 2012

MÚSICAS BRASILEIRAS FOLCLÓRICAS


. Aloysio Rachid, pianista e músico brasileiro, toca um belo e lírico pout pourri de canções brasileiras folclóricas populares e famosas no Brasil em uma versão original e própria, repleta de lirismo e harmonias românticas. Serve para pesquisa e trabalhos escolares. Começa com "Atirei o pau no gato, mas o gato não morreu. Dona Chica admirou-se do berrô que o gato deu", usado a performance do cruzamento das mãos esquerda por sobre a direita. Em seguida usa toda a sensualidade musical e romantismo da rosa, que enfureceu o cravo apaixonado, em "O cravo brigou com a rosa", numa versão mix lembrando bossa nova . A seguir a terceira música folclórica "Passa Passa gavião todo mundo é bom", rompe com o romance da cantiga anterior e precede a quarta e última canção "Tira tira seu pezinho" com uma coda mais viva e cheia de bravura para terminar em grand finale a la Aloysio Rachid. Brasilian musician plays (performs) (touches) (spielt) 4 brasilians famous popular folklore songs in an romantic lyrical piano performance instrumental version. Brasilianische musiker (klavier spieler) spielt 4 populär brasilianer musik lied für klavier verson. Childrens toys. Musique folklorique (folk) brésiliénne populaire (pop) d'enfance. Chansons de enfance. Volksmusik. Música do povo, das cirandas de roda e das brincadeiras pueris. Arrangement (arreglos) by Aloysio. Histórias e musicas da carochinha. Fábulas e músicas infantis. Jogos, parques de diversões temáticos, brincadeiras de crianças: amarelinha, pique esconde, pique cola, pique tá. Brinquedos infantis: bolas, bonecas, pião, bicicletas carrinhos, totó, ioiô, pipas. MPB pop songs musics. Videos clips acústico (acoustic). Ciranda cirandinha. O anel que tu me deste. Soldado cabeça de papel. Era uma vez um piano mágico. Once a time the magic piano with spetacular sounds plays brazilian popular dance songs musics folks themes full of love & sentimental feelings emotions. Outdoor Brazil. Showroom Brasil. Slogan Bresil. Musicas populares animadas, alegres e de brincadeiras infantis de meninos e meninas (garotos e garotas)

As músicas do folclore brasileiro são canções populares, muitas de autores desconhecidos do interior do Brasil, que são transmitidas de geração para geração através dos tempos. Parte importante da cultura popular, são usadas como o objetivo lúdico (envolvendo jogos e brincadeiras) ou para pura diversão. Possuem letras simples e com muita repetição, características que facilitam a memorização. Estas músicas são mais populares nas regiões do interior do Brasil e costumam apresentar como temas principais situações do cotidiano (amor, namoro, casamento, relacionamentos, etc.). Algumas letras também envolvem personagens do folclore brasileiro. As músicas folclóricas brasileiras são quase sempre acompanhadas pelo som de uma viola caipira ou de violão.

domingo, 10 de junho de 2012

CARTA DE BEETHOVEN

Uma carta escrita por Beethoven foi descoberta na Alemanha. Numa caligrafia desajeitada, o famoso compositor pede ao harpista Franz Anton Stockhausen para o ajudar a encontrar um comprador para a partitura “Missa Solemnis”, entre queixas sobre a sua doença e a falta de dinheiro. O documento, que vai ser colocado em exposição no Brahms Institute a partir da próxima semana, foi avaliado em mais de cem mil euros.

Carta de Beethoven revela preocupações financeiras
 
Os especialistas já sabiam da sua existência, mas agora podem folhear o documento e conhecer algumas das preocupações do compositor, escritas na primeira pessoa e numa caligrafia desajeitada. A carta, escrita por Ludwig van Beethoven quatro anos antes de morrer, foi descoberta entre a coleção deixada em testamento por Renate Wirth, descendente do destinatário da missiva, ao Instituto Brahms, localizado na Alemanha.

Na carta de seis páginas, que tem a assinatura do compositor e selo original, Beethoven tenta vender a partitura "Missa Solemnis", que concluiu nesse ano (1823), pedindo ao harpista e compositor Franz Anton Stockhausen que o ajude a encontrar compradores para a obra.
"Beethoven não era um compositor com uma caligrafia bonita. É espontânea. Ele escreveu coisas, depois riscou-as. Os seus pensamentos mudaram à medida que escrevia e é essa a impressão que a carta dá", diz Weymar.
Mas, numa escrita confusa e marcada por correções, o músico vai contado detalhes sobre a sua situação pessoal, queixando-se, nomeadamente, que “o baixo salário e a doença [ocular] exigem mais esforços para conseguir fazer fortuna”.

Além das preocupações financeiras, o compositor da 5ª Sinfonia fala da educação do sobrinho, que necessitaria de ajuda quando morresse, e da tentativa de encontrar um dentista que lhe escreveu uma carta, contou Stefan Weymar, pesquisador de música no instituto, à Reuters.

"O apelo de uma carta manuscrita por Beethoven é certamente muito grande", afirmou à Reuters Michael Ladenburger, diretor do museu Casa Beethoven, localizado em Bonn. "As suas cartas são raras e o comprimento desta, com a divagação que faz sobre a sua vida pessoal, torna-a muito interessante". “Todas as cartas [endereçadas] para mim não precisam de mais nada além de ‘Para L. v. Beethoven em Viena’”, escreveu o compositor alemão no final da missiva.
O documento, que estará exposto no Instituto Brahms , está avaliado em mais de cem mil euros.

Markus Scholz/EPA
RTP11 Jan, 2012, 16:59 / atualizado em 11 Jan, 2012, 17:03
http://www.rtp.pt

A Missa solemnis (Missa solene) em ré maior, Op. 123 é uma missa composta por Ludwig van Beethoven no período 1819-1823. Foi estreada em 7 de abril de 1824 em São Petersburgo sob os auspícios do patrono de Beethoven, o príncipe Nikolai Galitzin; uma execução incompleta foi feita em Viena em 7 de maio do mesmo ano, quando o Kyrie, o Credo e o Agnus Dei foram dirigidos pelo compositor. Esta obra é geralmente considerada uma das obras supremas de Beethoven. Em conjunto com a Missa em Si Menor de Johann Sebastian Bach é a mais importante missa do chamado período da prática comum.
Uma obra-prima inquestionável, representa Beethoven no apogeu da sua capacidade criativa, mas não tem a popularidade que gozam muitas das suas sinfonias e sonatas. Escrita ao mesmo tempo que a sua nona sinfonia, é a segunda missa composta por Beethoven, sendo a outra a Missa em Dó Maior Op. 86, obra menos admirada.
A pauta indica a seguinte composição orquestral: 2 flautas; 2 oboés, 2 clarinetes (em lá, dó, e si♭); 2 fagotes; 1 contrafagote; 4 trompas (em ré, mi♭, si♭ baixo, mi, e sol); 2 trompetes (em ré, si♭ e dó); trombone alto, tenor, e baixo; tímpano; órgão contínuo; cordas: (violinos I e II, violas, violoncelos, e contrabaixos); solistas vocais soprano, alto, tenor, e baixo; e coro com secções de sopranos, altos, tenores e baixos.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Missa_Solemnis_(Beethoven)

quinta-feira, 7 de junho de 2012

SAÚDE DOS MÚSICOS


O Brasileirinho de Waldir Azevedo é um bom exemplo. Para chegar ao grau de preciosismo do chorinho, é preciso dedos rápidos e muitas horas de exercícios que expõem músicos a problemas graves de saúde, afetando seus músculos, articulações, ouvidos e cordas vocais. Tais males atingem esses profissionais de maneiras diferentes, dependendo do instrumento utilizado, tamanho e peso, horas de dedicação, exposição a ruídos e pressão sonora.
Um dos principais sintomas ocupacionais é o chamado DORT, ou Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho, líder no ranking de doenças notificadas à Previdência Social e que afeta, principalmente, músicos de cordas em decorrência de microtraumas que vão se acumulando, movimentos manuais repetitivos, contínuos, rápidos e vigorosos durante longas horas de prática.
A vulnerabilidade de músicos de cordas, especialmente os violinistas, já foi objeto de estudo pela Universidade do Texas, nos Estados Unidos: em 1989, a pesquisa realizada na instituição apontou, em um grupo de 2.122 membros da Conferência Internacional de Músicos da Sinfônica e Ópera, 75% afetados por algum tipo de problema ocupacional. No Brasil, 88% dos músicos de cordas reclamam de desconforto físico relacionado a sua atividade, segundo pesquisa de Edson Queiroz de Andrade e João Gabriel, fisioterapeutas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Os 419 instrumentalistas de 13 Estados brasileiros entrevistados para o trabalho queixam-se principalmente de desconfortos nas costas, pescoço e ombro esquerdo.


As cordas vocais são expostas a horas de ensaio em ambientes barulhentos e poluídos, empregadas de forma inadequada, por tempo prolongado e em ambientes ressecados. Pior: as cordas vocais são sensíveis às variações bruscas de temperatura, o que pode afetar a voz, além de poderem sofrer inflamações devido ao consumo de cigarro e álcool. Mara Behlau, fonoaudióloga da Escola Paulista de Medicina (Unifesp), acrescenta que, entre os problemas mais comuns de voz, estão os edemas (inchaços) e calos das pregas vocais.
Ouvidos apurados e sensíveis são exigências básicas para afinadores, regentes e músicos em geral. Conseguir discernir os tons e semitons de uma orquestra requer um apuro fundamental e a exposição aos decibéis gerados em uníssono pelo conjunto de violinos, flautas, da percussão e dos metais pode ser risco igual ao que sofrem trabalhadores de uma metalúrgica. Foi o que verificou Iêda Russo, fonoaudióloga e docente titular da PUC-SP, em pesquisas que realiza há 30 anos sobre a audição de músicos. Iêda Russo, que também é pianista, diz que a maior causa desses problemas é a amplificação da música que nos anos 60 estava na ordem de 100 watts de potência, “o som dos Beatles”, e saltou para cerca de 500 mil watts no início dos anos 90. O nível normal de audição é de cerca de 20db (decibéis); atinge 116db em shows de rock ou trios-elétricos durante o carnaval.
É o que mostra sua pesquisa realizada em 1995 quando mediu os níveis de pressão sonora de dois trios-elétricos em Recife (PE) e seus efeitos nos músicos antes e depois dos ensaios e show. Dados do Ato de Saúde e Segurança de Ontário, no Canadá, indicam que a dose diária de ruído está em torno de 90dB durante 8 horas diárias e caso a pressão sonora eleve para 100dB a exposição deve ser reduzida para 2 horas diárias.
São pouco os profissionais que se dedicam a saúde do músico. Carolina Valverde Alves, fisioterapeuta, percussionista e saxofonista amadora, e João Gabriel Fonseca, médico clínico e pianista, fundaram em 1999 o Exerser, Núcleo de Atenção Integral à Saúde do Músico com outros seis profissionais da saúde. Entre outros estudos na área, destacam-se pesquisas desenvolvidas na USP, Unifesp, PUC do Rio e São Paulo e a Universidade de Brasília.

 Autora: Germana Barata
http://cienciaecultura.bvs.br/

quarta-feira, 6 de junho de 2012

A IMPORTÂNCIA DA POSTURA NA VIDA DO MÚSICO

A Fisioterapia já há tempos vem buscando modos de prevenção quanto à postura adequada nos vários setores de trabalho humano. A musica é uma das áreas pouco comentadas quanto a postura durante o trabalho, porem uma postura correta aumenta a qualidade das apresentações.

Um musico sabe que a voz muda de acordo com as situações boas e ruins que passamos, qualquer desarmonia pode diminuir o rendimento do profissional, por isso o mais difícil na profissão é tentar harmonizar as emoções e ansiedades, com os distúrbios corporais dolorosos que temos.

Segundo alunos do curso de Musica da Univali que participaram de um programa de reeducação postural estabelecido entre o curso de Musica e de Fisioterapia, o primeiro obstáculo a ser vencido é a timidez e a dificuldade de apresentação, pois alguns Músicos e Instrumentistas que se apresentam sentados ficam em uma posição com os ombros caídos prejudicando assim a coluna, e também a voz dificultando uma respiração de maneira correta, por que nessa posição os músculos da respiração se comprimem fazendo com que a respiração seja feita com maior dificuldade e a voz flua com menos propriedade prejudicando a apresentação. No caso do instrumentista o problema pode ser maior devido ao peso dos instrumentos, as posições exigidas para segura-lo e também pelos movimentos repetitivos feitos que possam causar alterações crônicas.

No caso do instrumentalista o problema pode ser maior, devido ao peso dos instrumentos, as posições exigidas para segura-lo, e também pelos movimentos repetitivos feitos que podem causar doenças graves que prejudicam o movimento.



Já vimos então o que a má postura pode causar, mas o que podemos fazer para ter uma boa postura na apresentação?

Começando pelos pés, eles devem estar confortáveis, e o peso do corpo deve ser distribuído igualmente pela borda externa dos pés. Os músculos do corpo todo devem estar relaxados, principalmente os da região do pescoço e ombros, onde os músculos são muito importantes para a respiração e a sonoridade. A cabeça bem equilibrada e reta a coluna, como se existisse uma linha bem no centro da cabeça a segurando. Quando os braços estiverem livres, podem ser usados para se comunicar com o publico e se expressar.

Para os que trabalham sentados, o importante é manter as curvas da coluna, apoiar os pés totalmente ao chão, e posicionar de um jeito confortável o instrumento. Tendo em vista que uma performance em pé seja melhor comparada com uma sentada, pois em pé os vícios da má postura são mais difíceis de acontecer. Alguns exemplos de vícios ao tocar sentado: encolher os ombros, cruzar as peras, esticar as pernas para frente, segurar a cadeira com as pernas.

Lembrando que a postura esta no nosso dia a dia e é de nossa responsabilidade nos controlarmos e nos corrigirmos para não nos depararmos com consequências futuramente. A fisioterapia ajuda a trabalhar a consciência corporal, e adquirir equilíbrio e resistência, trabalhando em conjunto com os fatores psicológicos pessoais, assim visando aumentar o rendimento não só do musico, como também de qualquer trabalhador, trazendo uma postura correta que pode prevenir problemas futuros.


Trabalho realizado por:
Caroline Zarske Eberhardt -
Lauro Correa Junior
Acadêmicos do 3 periodo de Fisioterapia Univali - Universidade do Vale do Itajai.

Orientadora: Profª Mestre - Ana Ligia Oliveira.
 
Obs:
 Todo crédito e responsabilidade do conteúdo são de seus autores.
 Publicado em 16/05/2012.

LESÕES EM MÚSICOS

  A intensa atividade exercida pelo músico pode levar este profissional a desenvolver lesões como as
afecções músculo-esqueléticas, as compressões nervosas e as disfunções motoras ou distonias.
  São vários os fatores apontados na literatura como desencadeadores do aumento do esforço físico e mental destes profissionais, dentre estes destaca-se o tipo de instrumento (peso, tamanho e qualidade); a duração da execução; a dificuldade técnico-musical da obra; as condições psicológicas do executante; a resistência muscular; a reabilitação prévia inadequada; as variações anatômicas; a necessidade de repetição não somente uma, mas várias vezes para adquirir aprendizagem motora; as posturas antifisiológicas; o excesso de força na movimentação; o estresse; o gênero; a idade; o aumento do número de ensaio, em virtude de apresentações, concursos ou exames de seleção; e
os fatores ambientais. Como pano de fundo, encontra-se a natureza da atividade dos músicos que exige além da precisão de movimentos, a pressão temporal, e o tratamento de informações, colocando em evidência as demandas física, afetiva e cognitiva.


  As lesões acometem principalmente os membros superiores em função da constante solicitação
que podem ser agravadas pela continuidade dos hábitos errôneos e pelo tratamento inadequado.     Algumas estratégias poderiam ser utilizadas a fim de minimizar este problema, a exemplo do que se observam em algumas ações que vêm sendo desenvolvidas em organizações empresariais, colocando em evidência a preocupação com a saúde de seus trabalhadores, por meio da inserção de equipes interdisciplinares com médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos dentre outros profissionais capacitados no contexto da saúde ocupacional. Ações, ainda muito tímidas, de prevenção vêm sendo adotadas e recomendadas como a introdução de palestras, exercícios laborais, intervenções ergonômicas, conscientização dos profissionais, enfim, ações e intervenções precoces com o objetivo de elaborar estratégias para melhoria da qualidade de vida no trabalho.
 Finalmente, destaca-se que para aprofundar a magnitude deste problema é necessário que os profissionais,músicos e aqueles que atuam na melhoria da saúde e da segurança no trabalho, compreendam a natureza desta atividade, e os aspectos da biomecânica nela envolvida, a fim de propor alternativas que considere a demanda solicitada em função das características de cada instrumento, considerando os outros fatores envolvidos, para a realização da atividade.
 Acrescenta-se ainda a necessidade de mais estudos sobre as atividades dos instrumentistas através
da coleta de sinais biológicos.

Fonte: Considerações Finais - Lesões em músicos: quando a dor supera
a arte
Musician’s injuries: when pain overcomes art
Thaís Branquinho Oliveira Fragelli1, Gustavo Azevedo Carvalho2, Diana
Lúcia Moura Pinho3

MÚSICOS COM SÍNDROME DE MARFAN

A síndrome de Marfan, também conhecida como Aracnodactilia, é uma desordem do tecido conjuntivo caracterizada por membros anormalmente longos. A doença também afeta outras estruturas do corpo, incluindo o esqueleto, os pulmões, os olhos, o coração e os vasos sangüíneos, mas de maneira menos óbvia. Seu nome vem de Antoine Marfan, o pediatra francês que primeiro a descreveu, em 1896. A síndrome de Marfan é uma doença genética associada a deficiências do tecido conjuntivo (desempenha uma função de suporte nos diversos órgãos do corpo). Como resultado, os indivíduos com esta doença apresentam frequentemente anomalias a nível esquelético, ocular e cardiovascular, entre outras. Muitos dos indivíduos afectados têm alterações das válvulas cardíacas e dilatação da aorta. As complicações cardiovasculares mais importantes em termos de risco de vida são os aneurismas da aorta e as dissecções da aorta. A prevealência é de aproximadamente 1 em 5000 indivíduos.
A Síndrome de Marfan tem um quadro clínico muito variado observado em uma mesma família e em famílias diferentes. A este fato chamamos de expressividade variável e ele é importante porque nem sempre um indivíduo afetado tem todas as características clínicas. Por isso é necessário examinar cuidadosamente os pais e os familiares próximos. Da mesma forma que um indivíduo discretamente afetado pode vir a ter um filho muito acometido, ou vice-versa.

As principais manifestações clínicas da doença concentram-se em três sistemas principais: o esquelético, caracterizado por estatura elevada, escoliose, braços e mãos alongadas e deformidade torácica; o cardíaco, caracterizado por prolapso de válvula mitral e dilatação da aorta; e o ocular, caracterizado por miopia e luxação do cristalino. A essa possibilidade de atingir órgãos tão diferentes denomina-se pleiotropia.

Sabendo que um determinado gene seria o responsável por estas manifestações clínicas e que um gene sempre comanda a fabricação de uma proteína, os pesquisadores se concentraram em descobrir que proteína seria comum aos ossos, olhos e coração, e no final dos anos 80 descobriram a existência de uma proteína chamada fibrilina, que faz parte do tecido de sustentação dos órgãos. Ela está presente em grande quantidade nos ligamentos que unem os ossos nas articulações e seguram as lentes dos olhos, chamadas de cristalino, assim como na camada interna das artérias, principalmente da maior artéria do corpo humano, chamada de aorta.




Músicos com Síndrome de Marfan-

O estilo de vida de Niccolò Paganini e a sua aparência mefistofélica deram origem a historias de que o seu virtuosismo era devido a um pacto com o demônio. É mais provável que ele fosse portador de uma doença, a Síndrome de Marfan, cujos sintomas típicos são os dedos particularmente compridos e magros.

Rachmaninoff é tido como um dos pianistas mais influentes do Século XX. Seus trejeitos técnicos e rítmicos são lendários, e suas mãos largas eram capazes de cobrir um intervalo de uma 13ª no teclado (um palmo esticado de cerca de 30 centímetros). Especula-se se ele era ou não portador da Síndrome de Marfan, já que pode-se dizer que o tamanho de suas mãos correspondia à sua estatura, algo entre 1,91 e 1,98m. Ele também possuía a habilidade de executar composições complexas à primeira audição. Muitas gravações foram feitas pela Victor Talking Machine Company, com Rachmaninoff executando composições próprias ou de repertórios populares.
 O compositor de musicais, Jonathan Larson, morava em White Plais, NY.
Ele teve a música ao seu lado desde cedo, já que tocava trompete e tuba, participava do coro de seu colégio e teve aulas de piano. Suas primeiras influências musicais caminhavam entre estrelas do rock como Elton Jonh, The Beatles, The Doors e Billy Joel até o clássico compositor de musicais Stephen Sondhein. Larson também atuava e fez parte de várias peças do White Plains High School. Faleceu de Dissecção de  Aorta, decorrente da síndrome de Marfan.


http://www.marfan.com.br/sobre_marfan/sindrome/sindromemarfan.asp?area=1

segunda-feira, 4 de junho de 2012

GUERRA-PEIXE

<>
</><>
</>
Filho de portugueses, nascidos na Beira, que chegaram ao Brasil em 1893. O pai era ferrador de cavalos, antiga tradição profissional. Músico amador, executava os seguintes instrumentos populares: violão, bandolim, guitarra portuguesa, sanfona de oito baixos e cítara.
Caçula de 10 irmãos, César Guerra-Peixe aprendeu, com o pai, aos seis anos de idade, um pouco de violão; aos sete, aprendeu sozinho a executar bandolim; aos oito, violino; e aos nove, piano. Começa assim a história musical de um dos grandes compositores brasileiros.

18/03/1914
Nasce em Petrópolis, filho de Francisco Antonio Guerra-Peixe e de Anna Adelaide Guerra-Peixe.

O maestro e compositor Guerra-Peixe sempre teve a preocupação em registrar os motivos composicionais de suas obras. Isto pode ser observado não só por este trabalho, agora disponível para download gratuito, mas também pelos catálogos feitos por ele no decorrer de sua vida, os quais são permeados de diversos exemplos musicais, indicando, como que nos ensinando, o caminho a ser seguido.
Oitenta exemplos - arquivo PDF



Prelúdio 5 - Guerra Peixe
Vanessa Weber (Violao - solo), Izabella Lins e Paulo Franco (Percussao)



O grupo "Trem Vocal" é formado por 6 (seis) gabaritados músicos brasileiros. Tem um repertório autenticamente brasileiro e busca resgatar as raízes da nossa música e identidade cultural.

Nascido do "Trio Vocal Mangueira", que era formado por Mauro Portugal (violão e voz), Alesandra Silva (voz) e Bárbara Souza (voz).
TREM VOCAL É UM GRUPO DO RIO DE JANEIRO: MAURO PORTUGAL -VANESSA WEBER- ALESANDRA SILVA -RONALDO MATHIAS- MICHEL NASCIMENTO- ALEX COUTINHO VOZES-VIOLAS-BAIXO- FLAUTA E PERCUSSÂO-



domingo, 3 de junho de 2012

EVGENY KISSIN NO BRASIL(SP)

Kissin vem de uma escola de grandes pianistas russos.



Quando se trata de Evgeny Kissin, o uso da palavra "gênio" torna-se mais do que adequado; é quase obrigatório. Nascido em Moscou em 1971, ele começou a tocar piano com impressionantes dois anos de idade. Não tardou para que seu incomum talento fosse reconhecido, levando-o a ter aulas com Anna Kantor. A estreia em um concerto veio aos dez anos, e o primeiro recital no ano seguinte. Em 1984, gravou os dois concertos de Chopin com Dmitri Kitaenko. E o mundo passava a conhecer Evgeny Kissin.

Está em S.Paulo para dois recitais na Sala São Paulo, com um intervalo inusual entre eles: um no dia 4 de junho, e o outro só no dia 27 de junho. O repertório compreende dois universos distintos em seu horizonte como intérprete. De um lado, há um terreno profundamente conhecido, no qual Kissin é mais aclamado: Ludwig van Beethoven, com a 'Sonata para piano nº 14, Op. 27 nº 2 - Ao Luar', e Frédéric Chopin, com o 'Noturno Op. 32, nº 2' e a 'Sonata para piano nº 3, Op. 58'. Mas a peça central do programa está ligada a caminhos que ele vem começando a explorar recentemente - a 'Sonata para piano, Op; 26', de Samuel Barber.


Grieg Piano Concerto - Evgeny Kissin, Sir Simon Rattle.

Se você é um admirador da arte pianística, não deve perder essas apresentações. Kissin é um dos maiores pianistas em atividade, herdeiro de uma tradição virtuosística russa que deu ao mundo alguns dos mais refinados mestres do instrumento. É o tipo de artista que, senhor a tal ponto de sua técnica, não encontra obstáculos para a expressão de seus sentimentos, paixões e concepções estéticas. As mesmas notas estão lá, há séculos, mas sempre ouvimos algo até então não revelado quando escutamos um intérprete como Kissin.

Allan Kozzin, do The New York Times, classificou esse mesmo recital, no início de maio, como "eletrizante". Kissin é tão seguro de sua qualidade que não precisa perder tempo em demonstrá-la. O que lhe interessa é o sentimento.

A música em si.

(Escrito por Guilherme Conte)
www.estadao.com.br

sexta-feira, 1 de junho de 2012

JOÃO CARLOS MARTINS

O maestro João Carlos Martins foi submetido  a uma cirurgia para colocação de estimulador cerebral profundo. O procedimento faz parte do tratamento de distonia muscular do membro superior.
  O estimulador é uma tentativa de reverter a distonia, que tem como uma das características a perda dos movimentos das mãos.
  Depois da cirurgia que fez na mão esquerda para ativar os movimentos dos músculos,o maestro João Carlos Martins afirma: “Vale a pena trocar tudo na vida por um sonho. E eu troquei tudo, novamente, por um sonho”.
“Foi dramático admitir que não conseguia mais tocar.” Sobre os treinos para voltar a tocar profissionalmente, João Carlos afirmou que não perdeu a esperança. “Vou mostrar que é possível quando você tem fé e acredita em Deus”, disse emocionado.
 O maestro revelou que depois de 10 anos conseguiu abrir a mão esquerda pela primeira vez. “Oito dias após a operação eu estava tocando a Nona Sinfonia de Beethoven.”
João Carlos colocou dois chips em seu peito, um japonês e um americano, para ativar dois pontos de seu cérebro. “Voltei a ser um menino de seis anos”, diz o maestro, se referindo aos treinos de piano que está fazendo, para ativar três dedos de sua mão esquerda, que ficaram parados por 10 anos.


http://entretenimento.uol.com.br/noticias/redacao/2012/04/16/apos-cirurgia-no-cerebro-maestro-joao-carlos-martins-se-recupera-bem-diz-boletim-medico.htm

Maestro João Carlos Martins toca "Gabriel's Oboe" (Ennio Morricone) - Programa do Jô 18/05/2012