Rosa Corvino tem uma
biografia muito peculiar. A saga da família tem início com a chegada de seu avô
ao Brasil. Ele veio da Itália no começo do século passado e trabalhou na
construção do Teatro Municipal de São Paulo. Caiu nas boas graças do famoso
idealizador dessa casa de espetáculos líricos, o arquiteto Ramos de Azevedo que
o convidou a administrar e morar no Teatro com a família. Anos mais tarde, com o
seu falecimento, quem assumiu o posto foi seu filho, pai de Rosa.
Num parto feito às pressas, Rosa Corvino veio à luz nas dependências do Teatro
Municipal no ano de 1926. Lá dentro passou boa parte de sua vida, com passagens de glamour e bom humor nos
bastidores, bem como de memoráveis apresentações de óperas e concertos, envolvendo
celebridades como Beniamino Gigli, Maria Callas, Guiomar Novaes e Bidu Sayão.
Recentemente, escreveu um livro com essas histórias "Vida, Amor e Lembranças", e o vende em frente ao
Teatro Municipal, sua antiga residência.
Rosa morou no Teatro Municipal com os pais e os três irmãos até os 25 anos.
Nesse período, entrou para o Conservatório Dramático Musical e começou a estudar
piano. “Sempre havia duas ou três salas com pianos, para os artistas ensaiarem”,
lembra. Quando os instrumentos estavam vagos, ela aproveitava para praticar.
Cauteloso, o pai só comprou um piano para a menina quando a família já estava
instalada na Vila Mariana. Salvador Corvino temia que os outros achassem que ele
estava levando embora os pianos do teatro. Rosa Corvino é professora de Música e História da Arte.
Entrevista com a professora Rosa Corvino, que nasceu no Teatro Municipal de São Paulo
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