MÚSICA E O AUTISMO

Considerado uma disfunção do desenvolvimento, o autismo é uma alteração que normalmente afeta a capacidade de comunicação, socialização e de comportamento do indivíduo. Algumas crianças apresentam inteligência e fala intacta, mas outras demonstram problemas na linguagem. Segundo um levantamento divulgado em 2010 pela ONU (Organização das Nações Unidas), o problema afeta em torno de 70 milhões de pessoas em todo o mundo.

 No Brasil estima-se que haja cerca de dois milhões de autistas, mas, como há dificuldade de diagnosticar a síndrome, o público mais informado busca auxílio. Já as famílias menos informadas aceitam seus filhos, mas ficam com eles em casa, muitas vezes sem saber que eles são autistas.

A música é a única ponte de comunicação possível para os portadores deste tipo de transtorno neurológico.

Nesses pacientes, a música não verbalizada é decodificada no hemisfério direito do cérebro (subjetivo e emotivo). Ela se move até o centro de respostas emotivas, localizado no hipotálamo, e passa para o córtex (responsável pelos estímulos motores e do intelecto).
Os sons verbais, no entanto, não "funcionam" dessa forma porque são registrados no hemisfério esquerdo, na região cortical (analítica e lógica) diretamente do aparelho auditivo.
Em resumo, no autista, a música atinge em primeiro lugar a emoção para depois passar para reações físicas, como o batucar, por exemplo, nas pessoas normais. Dessa forma, o autista consegue interagir com o terapeuta. Dia 2 de Abril é o dia Mundial da Conscientização do Autismo.

Escuela San Nectario- Música dirigida por jovens altistas