segunda-feira, 21 de maio de 2012

MAÍRA FREITAS




"Acho possível conciliar o  piano erudito e o popular. Pra mim é difícil definir a fronteira de onde acaba o erudito e começa o popular. A música sempre foi uma mistura de tudo, o que acontece é que ainda tem quem goste de rotulá-la e dividi-la em grupos. Posso muito bem tocar Bach, Chopin e Tom Jobim; passar pelo choro; tocar um samba e fechar com um baião. Villa-Lobos vivia nas rodas de choro. Tom Jobim foi um grande orquestrador. O impressionismo está na Bossa Nova. [Béla] Bartok se inspirou nas canções búlgaras. Muitos compositores antigos buscaram suas fontes na música popular e vice-versa. Tudo está misturado, ainda mais no Brasil. Pra que rotular? Sou uma mistura de raças, cores, gostos, credos, tudo. Dividir a música seria como dividir eu mesma em duas partes. Sou o resultado de tudo o que já ouvi e minha música também. Se é bonito eu toco, não importa de onde veio. Desenvolvi a minha técnica justamente para poder me aventurar por vários estilos, sem medo".(Maíra Freitas)

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