domingo, 10 de junho de 2012

CARTA DE BEETHOVEN

Uma carta escrita por Beethoven foi descoberta na Alemanha. Numa caligrafia desajeitada, o famoso compositor pede ao harpista Franz Anton Stockhausen para o ajudar a encontrar um comprador para a partitura “Missa Solemnis”, entre queixas sobre a sua doença e a falta de dinheiro. O documento, que vai ser colocado em exposição no Brahms Institute a partir da próxima semana, foi avaliado em mais de cem mil euros.

Carta de Beethoven revela preocupações financeiras
 
Os especialistas já sabiam da sua existência, mas agora podem folhear o documento e conhecer algumas das preocupações do compositor, escritas na primeira pessoa e numa caligrafia desajeitada. A carta, escrita por Ludwig van Beethoven quatro anos antes de morrer, foi descoberta entre a coleção deixada em testamento por Renate Wirth, descendente do destinatário da missiva, ao Instituto Brahms, localizado na Alemanha.

Na carta de seis páginas, que tem a assinatura do compositor e selo original, Beethoven tenta vender a partitura "Missa Solemnis", que concluiu nesse ano (1823), pedindo ao harpista e compositor Franz Anton Stockhausen que o ajude a encontrar compradores para a obra.
"Beethoven não era um compositor com uma caligrafia bonita. É espontânea. Ele escreveu coisas, depois riscou-as. Os seus pensamentos mudaram à medida que escrevia e é essa a impressão que a carta dá", diz Weymar.
Mas, numa escrita confusa e marcada por correções, o músico vai contado detalhes sobre a sua situação pessoal, queixando-se, nomeadamente, que “o baixo salário e a doença [ocular] exigem mais esforços para conseguir fazer fortuna”.

Além das preocupações financeiras, o compositor da 5ª Sinfonia fala da educação do sobrinho, que necessitaria de ajuda quando morresse, e da tentativa de encontrar um dentista que lhe escreveu uma carta, contou Stefan Weymar, pesquisador de música no instituto, à Reuters.

"O apelo de uma carta manuscrita por Beethoven é certamente muito grande", afirmou à Reuters Michael Ladenburger, diretor do museu Casa Beethoven, localizado em Bonn. "As suas cartas são raras e o comprimento desta, com a divagação que faz sobre a sua vida pessoal, torna-a muito interessante". “Todas as cartas [endereçadas] para mim não precisam de mais nada além de ‘Para L. v. Beethoven em Viena’”, escreveu o compositor alemão no final da missiva.
O documento, que estará exposto no Instituto Brahms , está avaliado em mais de cem mil euros.

Markus Scholz/EPA
RTP11 Jan, 2012, 16:59 / atualizado em 11 Jan, 2012, 17:03
http://www.rtp.pt

A Missa solemnis (Missa solene) em ré maior, Op. 123 é uma missa composta por Ludwig van Beethoven no período 1819-1823. Foi estreada em 7 de abril de 1824 em São Petersburgo sob os auspícios do patrono de Beethoven, o príncipe Nikolai Galitzin; uma execução incompleta foi feita em Viena em 7 de maio do mesmo ano, quando o Kyrie, o Credo e o Agnus Dei foram dirigidos pelo compositor. Esta obra é geralmente considerada uma das obras supremas de Beethoven. Em conjunto com a Missa em Si Menor de Johann Sebastian Bach é a mais importante missa do chamado período da prática comum.
Uma obra-prima inquestionável, representa Beethoven no apogeu da sua capacidade criativa, mas não tem a popularidade que gozam muitas das suas sinfonias e sonatas. Escrita ao mesmo tempo que a sua nona sinfonia, é a segunda missa composta por Beethoven, sendo a outra a Missa em Dó Maior Op. 86, obra menos admirada.
A pauta indica a seguinte composição orquestral: 2 flautas; 2 oboés, 2 clarinetes (em lá, dó, e si♭); 2 fagotes; 1 contrafagote; 4 trompas (em ré, mi♭, si♭ baixo, mi, e sol); 2 trompetes (em ré, si♭ e dó); trombone alto, tenor, e baixo; tímpano; órgão contínuo; cordas: (violinos I e II, violas, violoncelos, e contrabaixos); solistas vocais soprano, alto, tenor, e baixo; e coro com secções de sopranos, altos, tenores e baixos.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Missa_Solemnis_(Beethoven)

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