sábado, 28 de janeiro de 2012

Efeito "Mozart"

A idéia do Efeito Mozart surgiu em 1993 na Universidade da Califórnia, em Irvine, com o físico Gordon Shaw e Frances Rauscher, pesquisadores em desenvolvimento cognitivo. Eles estudaram os efeitos sobre alguns estudantes universitários produzidos quando escutavam os primeiros 10 minutos da Sonata para Dois Pianos em Ré Maior de Mozart. Eles encontraram um melhoramento temporário do raciocínio espaço-temporal, conforme medido pelo teste Stanford-Binet de QI (Rauscher e Shaw, 1995).
Entretanto, nenhum outro pesquisador foi capaz de reproduzir esses resultados, mas, não obstante, o chamado efeito Mozart continuou a ser bastante divulgado na mídia, apesar de ser alvo de inúmeras controvérsias na literatura.

Mais recentemente o Efeito Mozart tem sido investigado em relação à atividade registrada no EEG de pacientes portadores de epilepsia. O Hughes (1998) observou que a audição de Mozart (a mesma Sonata para dois Pianos em Ré Maior) induziu a significativa redução da atividade cerebral paroxística em períodos entre as crises em 23 de 29 pacientes (79%), incluindo pacientes em estado de coma. Mas Isso não é o mesmo que afirmar que ouvir a Mozart aumenta a inteligência em crianças.
Mozart
Wolfgang Amadeus Mozart (1756 – 1791), foi um compositor influente do período clássico.

Baseados nesse tal efeito Mozart, em 1998 os entusiasmados Rauscher e Shaw anunciaram ter provas científicas de que a instrução em piano e canto é superior à instrução em computação para aumentar as habilidades de raciocínio abstrato em crianças. A experiência incluiu três grupos de pré-escolares: um grupo recebeu aulas particulares de piano-teclado e aulas de canto; um segundo grupo recebeu aulas particulares de computação; e um terceiro grupo não recebeu nenhum treinamento. As crianças que receberam treinamento em piano e teclado tiveram desempenho 34% melhor em testes medindo habilidade espaço-temporal, que os outros.
Observou ainda que não só a freqüência da atividade paroxística diminuía, mas também a amplitude das descargas. O Mapeamento Cerebral realizado durante a sonata mostrava diminuição da atividade teta e alfa nas regiões centrais, com aumento da atividade delta nas regiões central e média. O que isso significa clinicamente continua sendo um mistério. (Fonte:www.psiqweb.med.br)

Nenhum comentário:

Postar um comentário