domingo, 18 de março de 2012

ORIGAMI & MÙSICA

Akira Yoshizawa é considerado o grande mestre do origami no mundo.
Tido como pai do origami moderno, Yoshizawa - falecido em 2005 - afirmava ter criado mais de 50 mil modelos, alguns dos quais foram eternizados nos 18 livros que publicou. Mais do que modelos, o japonês criou instruções que há 50 anos são usadas como padrão em obras do gênero.
Yoshizawa também criou uma série de técnicas para quem faz origami, como o wet folgding ("dobradura molhada", em tradução livre), usada para garantir curvas aos origamis essencialmente geométricos. "Meu origami, em consonância com as leis da natureza, requerem geometria, ciência e física", afirmou o artista certa vez, segundo o blog oficial do Google.
A carreira do japonês começou quando tinha 20 anos, inicialmente paralela ao trabalho em uma fábrica, que depois largou para dedicar-se somente ao origami. Em 1955, após uma exposição em Amsterdã, ganhou fama internacional.
Entretanto na Suíça Piaget (1896-1980), um psicopedagogo infantil, já afirmava que “A actividade motora sob a forma de habilidosos movimentos é vital para o desenvolvimento do pensamento e da representação mental do espaço”. Aqui começou a atribuir-se uma elevada importância, não à arte do origami, mas sim aos benefícios que as crianças podem colectar deste gênero de trabalho manual.
O origami pode ser usado com objetivos pedagógicos, incluindo domínio da expressão musical: através da criação, um dos cinco eixos (escutar, cantar, dançar, tocar e criar) fundamentais na educação musical.
É também importante noutras etapas do desenvolvimento: estimuladora do esquema corporal, da motricidade fina, da coordenação viso-motora, da discriminação visual e auditiva e ainda da percepção táctil.
Desde julho de 2001, Rita Foelker vem coordenando oficinas de origami para crianças e adultos, além das especiais para educadores.
Após assistirem o video "Pedro e o Lobo" (animação em origami baseada na obra de Prokofiev), as crianças aprendem a dobrar seus personagens Pedro, Ivan, Sonia, Sasha e o Lobo.
A proposta da oficina é sensibilizar para a música e para as possibilidades criativas do origami.

Rita Foelker é escritora, ilustradora e professora de origami, técnica que estuda a arte à qual se dedica há cerca de 20 anos.
Participou de projetos internacionais como o Origami Peace Tree Festival na Rússia (2001 e 2002) e Alemanha (2005).
Tem modelos de sua própria autoria publicados em CD-ROM pedagógico na Alemanha - Mathematik Lernen Mit Spab in Lolopolis - e também em revista de divulgação da arte da dobradura na Inglaterra, a British Origami Society Magazine, edição de agosto de 2002.
É autora do livro "Brincando com Objetos Decorativos em Origami", da Global Editora, e responsável pelo site Super Origami.


Pedro e o Lobo é uma história infantil contada através da música. Foi composta por Sergei Prokofiev em 1936, com o objetivo pedagógico de mostrar às crianças as sonoridades dos diversos instrumentos. Cada personagem da história (o Pedro, o lobo, o avô, o passarinho, o pato [ou pata, em algumas versões], o gato e os caçadores) é representada por um instrumento diferente.

Assista Pedro e o Lobo no link:

http://youtu.be/ckQCTDEua2M


Origami e Música: Momentos lúdicos em que a apreciação de peças musicais em videos com animações em dobraduras dão ensejo à criação dos personagens.
  • Pedro e o Lobo (Prokofiev)






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